terça-feira, 21 de julho de 2009

CONGRESSO W. ONG- Participações no debate

Fórum: Equipa Azul – Capítulos 1 e 2

Re: o peso da oralidade
Por Benji Wikifoo – quarta, 17 Junho 2009, 10:05

Olá a todos
Antes de qualquer reflexão quero dar os parabéns à equipa pela sua apresentação, que para além de muito interessante foi bastante esclarecedora.
Depois de reler o chat e o resumo reflecti um pouco sobre a importância da oralidade e dei por mim a pensar na Escola e no nosso papel enquanto educadores e a forma como comunicamos.
Para W. Ong, "O que está a ocorrer não é um regresso à “oralidade primária”, própria das sociedades intocadas pela escrita, mas sim o desenvolvimento de uma “oralidade secundária”, em que os sujeitos falantes associam a palavra oral à forma escrita, pelo que o autor arrisca a falar numa “literatura oral”, designação com a qual não concorda, mas que considera difícil de eliminar."
A principal forma de comunicação na Escola é a oral, onde escolhemos especificamente os termos a adoptar para uma aprendizagem mais efectiva, o que não acontece com a forma de comunicação escrita, onde o discurso é obrigatoriamente diferente e sempre mais elaborado. Apesar da faculdade da escrita continua a haver uma clara distinção entre o discurso oral e o escrito.
Sandra Sousa (Benji Wikifoo)


Re: o peso da oralidade
Por Benji Wikifoo – quinta, 18 Junho 2009, 09:43

Olá Colegas e Professores
Ainda sobre estes dois capítulos de W. Ong registei que a escrita veio alterar a época em que a linguagem era exclusivamente oral (oralidade primária) e tornou-se objecto de estudo, permitindo-nos conhecer a sua evolução, perpetuar a mensagem e a sua transmissão sem a presença física de quem a comunica.
No entanto, a escrita não anulou a oralidade apenas a organizou. A escrita permitiu organizar o pensamento.
Na apresentação foi colocada uma questão interessante: "O conhecimento pode simplesmente ser armazenado em suportes digitais. Estaremos, agora, a "destruir a memória" ou simplesmente a libertar a mente humana para outras funções?" – Não considero que o armazenamento das informações, algumas completamente secundárias, nos tenha retirado o poder da memória (até porque nem tudo se consegue armazenar) mas nos tenha facilitado a organização do pensamento e permitido sim, que a mente humana se "ocupe" de outros assuntos e áreas. Não nos retirou a faculdade de memorização apesar de esta poder ser minimizada por falta de treino, já que esta capacidade implica a repetição.

Fórum: Equipa Vermelha – Capítulo 3

Re: Capítulo 3
Por Benji Wikifoo – quinta, 18 Junho 2009, 15:32

Olá Professores e colegas
Resolvi colocar aqui o post pois não tenho permissão para iniciar um novo tema no fórum da equipa vermelha.
Antes de mais aproveito para congratular os colegas pelo óptimo trabalho desenvolvido e pela esclarecedora apresentação. Muitos parabéns!
Depois de reler o vosso material retirei aspectos importantes que classificam o discurso oral:
- Tem padrões orais e estruturas pragmáticas;
- Carregado de epítetos;
- As palavras depois de proferidas desaparecem;
- Repetitivo e redundante, como estratégias de manter a atenção dos ouvintes;
- Só se conserva o discurso se repetido em voz alta e várias vezes;
- Os idosos têm um papel importantíssimo na perpetuação da mensagem;
- Muito ligado às vivências humanas;
- Incentiva a argumentação não sendo estanque.
Por sua vez o Som assume um papel fundamental pois a palavra só existe no som, tornando o Homem o centro do Universo e unindo a audiência em seu torno.

Fórum: Equipa Rosa – Capítulo 4

Re: E depois...apareceu a escrita
Por Benji Wikifoo – quinta, 18 Junho 2009, 16:46

Olá colegas e professores
Mais uma vez os meus agradecimentos pela vossa apresentação que me proporcionou bons momentos e vi-me bastante mais esclarecida sobre esta "grande" obra de W. Ong
Depois de reler o chat, o que só foi possível graças a esta grande invenção que foi a escrita (que tão bem a sua evolução foi explanada por vós) e mais uns quantos avanços tecnológicos, retirei uma série de apontamentos que passo a partilhar convosco.
" A escrita é a única maneira de fazer existir a palavra falada"
A escrita apesar de ser bastante mais consciente, planeada e pensada do que a fala, que surge do inconsciente, permite que a fala perdure e que chegue a mais destinatários, sem que seja necessária a sua presença física.
Para Ong a escrita é a mais importante das invenções humanas.
Com a escrita não podemos voltar atrás enquanto que com a oralidade isso é possível; a escrita é a base civilizacional de um povo enquanto que a oralidade relaciona-se com os grafolectos; a grafia das palavras não necessita da presença física do seu autor enquanto que na oralidade essa presença permite interacção; na escrita utiliza-se a pontuação para recrear os contextos inexistentes enquanto que na oralidade a entoação permite expressar sentimentos e emoções.
Com os avanços tecnológicos também a escrita, como nós a conhecemos, está a sofrer algumas alterações, nomeadamente o ser estanque e fechada.

Fórum: Equipa Verde – Capítulo 5

Re: Sobre a apresentação – capítulo 5
Por Benji Wikifoo – sábado, 20 Junho 2009, 12:07

Bons dias a todos e muitos parabéns ao grupo verde pela excelente apresentação.
Deste capítulo do Sr. W. Ong retirei algumas ideias que passo a apresentar:
A Impressão veio situar as palavras no espaço bloqueando-as e, substituindo o domínio da audição.
Ao longo dos tempos esta organização espacial sofreu enumeras modificações quanto à forma de se apresentar, até se ter chegado ao livro, como o conhecemos hoje.
Nos nossos dias, cada um de nós tem a faculdade e facilidade de poder criar impressões personalizadas de variadíssimo material, graças aos avanços das tecnologias.
Aos nossos olhos a impressão veio alterar a forma da percepção, cria sensações ilusórias de finalização e confina as formas verbais.
A palavra ficou encerrada no espaço.
A impressão "arrumou" as palavras e os pensamentos, tornando a leitura silenciosa mais rápida e criando uma relação diferente entre o leitor e a voz do autor no texto. O texto ficou organizado, mais legível e portanto mais orientado para o consumidor, o que veio aumentar a produção, divulgação e promoção da escrita e consequentemente a produção de cópias.
A história da impressão começou aquando da invenção da letra alfabética de imprensa, durante o séc. XV e para Ong foi a impressão e não a escrita que materializou a palavra.
Sandra

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